No seio da mata, no fundo do mar, no meio da relva ou num punhado de terra; em qualquer lugar a Vida pulsa, arde e circula em intermináveis ciclos de transformação contínua. Movida pelo Sol ela encanta nossa pequenina porção de universo chamada Gaia. Nada deixa de existir, apenas transmuta-se em novas existências, criativas e evolutivas.
Por que não somos assim? Porque um dia nos disseram que a natureza só existia para o nosso desfrute. Erro quase fatal! Pois o que enxergarmos diante do espelho também é fruto desta mesma Terra que cria borboletas, pedras e baleias; somos iguais a eles. Apenas fazemos coisas diferentes. E como diria Lutzenberger - "A mais profunda espiritualidade está em perceber e sentir-se parte da fantástica sinfonia da evolução orgânica." Este sentimento pode ser transformado em prática em cada atitude cotidiana e servir de inspiração para uma existência mais sustentável, uma sincera e inocente conspiração pela Vida.